quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Por bancos e calçadas '


Deitada nas calçadas e bancos da rua, eu vejo o que você, pessoa de palitózinho nunca consegue ver... eu paro no tempo só para adivinhar desenhos em nuvens, e eu consigo voltar à minha velha e vaga infância, à fim de trazê-la de volta à minha vida, de quando eu ainda não sabia o que era ter a angústia de esperar por alguém que nunca vai vir, e passa rápido, se não é pra vir, não venha, que fique por lá mesmo... ou o que era ouvir discussões atrás da porta e ter escancarado em minha cara o doloroso motivo, mas também passa rápido, aliás se o problema fosse meu, ele chegaria a mim de outra forma mais direta... Deitada no banco da praça, eu sinto o que você não sente, eu sinto os pássaros cantando pra mim, todos numa só canção... Eu sinto as árvores me fazendo sombra e o vento passando pelo meu rosto, entrando pelos meus poros a fim de refrescar minha alma. Nesses bancos e calçadas ,eu consigo sentir um mundo diferente.


Andressa G.

Nenhum comentário: